sábado, 1 de novembro de 2014

(***) QUE POUCO (IMPORTE-ME-EU)

De repente tu acorda com sede e sem sono, abre a geladeira e sacia a sede, conquista de volta o sono mas com os olhos abertos ainda olha ao redor várias vezes e se encontra no meio do que não sabes o que é, no meio do mundo que não é e nem será teu, mas o sono já conquistado decide dividir contigo as ideias, divide com você as suas dúvidas, sonho chato esse conquistado que se acha no direito de com você esperar a hora certa de dormir, ou seria a hora certa de acordar?
De repente você acha que acordou, a sede ainda está a espera de um copo d'água, de um copo de vida, de uma garrafa pra embriagar a vida, mas nada sacia nada. O sono já não quer mais ser sua companhia, até o sono te esquece, te abandona.
Surpreendentemente a vida te mostra que a sede e o sono não servem de nada, tapas de realidade na cara sim, ajudam muito.
Ditado muito usado em status de Facebook, tem um mais ou menos assim: "assim são as pessoas: só prezam alguém enquanto esse alguém é útil". Completo ao meu modo esta frase feita: "depois o útil passa a ser insuportável".



QUE POUCO (IMPORTE-ME-EU)

Andei sempre só 
com meu rebanho alimentado,
andei sempre só
sem prezar pelo meu lado.

Andei sempre em círculos 
pra proteger todos os lados,
no tal círculo "atiei" fogo
me cerquei, fui queimado.

Andei sempre só 
porém bem acompanhado,
mas nos momentos de solidão
nem o sono estava ao meu lado.

Parei de só andar
porém só ainda ando,
sem seguir foco algum
qualquer canto é qualquer canto.

Um tal grito que se solta, 
preso causaria mais estragos,
um certo sorriso que te encanta
te deixa amedrontado.



José Mabson
01/11/2014




De volta as postagens no dia 27/12/2014 



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