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domingo, 22 de maio de 2016

Café ou suco?

Depois de uma noite de amor intenso, acordar e vê-la sair do banho, cabelo ainda escorrendo a água, pingando e molhando o chão, ela reclamando das olheiras, e eu achando surpreendente como ela fica mais linda pela manhã, sem maquiagens e totalmente natural, sem nenhum penteado e totalmente a vontade, usando minha camisa velha dos Engenheiros do Hawaii.

É nessas horas que ela me fascina, sua beleza simples e gritante, seu sorriso de vergonha quando me pega observando-a e ver meus olhos de admiração, se perguntando o que estou vendo de mais nela vestida apenas com a minha camisa G, que parece um vestido nela.

Penso que quando ela se maqueia: "ela apenas esconde o que há de mais belo nela" e me sinto honrado e vê-la assim.

Ainda deitado na cama, naquele estado de admirador, desenhando com os olhos o seu corpo, decorando cada detalhe e cada "defeito", ela chega perto com seu hálito de hortelã perguntando o que há e por que estou assim. Respondo que não há nada e somente estou pensando em como acordei feliz.

Levanto-me e vou fazer um café pra mim e um suco de laranja para ela e pensando como ela é diferente, nem gosta de café, não lê os mesmos livros que eu, não assistiu meu filme preferido e acha minhas músicas coisas de louco. Me perguntando o que ela viu em mim, magro, franzino e muito diferente dos "malhados da baladinha", fico sorrindo de canto com aquele pensamento.

E depois?

Ela voltará ao meu recanto, ou apenas não virá mais e nem retornará minhas ligações?

Não sei e tenho até medo de ficar sabendo.

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