segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Sobreposeando I

Palavras que sugerem rimas
Em poemas e poesias,
São palavras rotineiras
Em fases de melancolias.

Caminhos, estradas ninguém nunca sabe o que seguir,
Mas em poemas essas palavras
Parecem sempre algo fácil de conseguir.

Um amigo meu me liga falando:
“Tem papel e caneta ai?”
E eu respondo brincando e perguntando:
“Tu quer mesmo que eu vá morar ai?
Em 2 anos tu nem papel e caneta conseguiu!”

Ele me muda de assunto e
Me pedi pra sua ideia concluir,
Fico meio cabreiro
E de longe sinto ele aqui.

Falo pra ele então:
Que papel e caneta já tenho em mãos,
E ele me vem com essa melação:

''Na estrada da vida
Temos muitas curvas,
Ladeiras e ribanceiras,

Há cada passagem,
Cada paisagem nos proporciona algo novo,
E nos mostra o quanto a vida é bela,

Vejo um caminho sem volta,
Filme sem replay,
Cada segundo perdido
Horas que não voltam mais.''

Poema curto, perfeito
E já definido de essência.
E ele tem a indecência
De me pedir pra concluir.

Ele deu sorte de que
Hoje meu humor estava pra baixo,
E admiti pra ele isso
Com minha cara de pau,
Mas o que é um peido pra quem está cagado?

Vou completar seu poema então,
Não sei se uso rima ou refrão,
Deixo a critério sua interpretação.
''Na vida com estradas,
Ladeiras, curvas ou precipícios
Há paisagens ricas
E vidas com breves paisagens

Há motivos e razões pra tudo acabar,
Uma vida curta, uma reviravolta,
Um recomeço, uma rotina nova.

Seguindo estradas ou caminhos
Meu verdadeiro destino
É sempre seguir sozinho.”

Nessa nova geração,
Tecnologia nenhuma supera um aperto de mão,
Meu amigo-irmão longe e sua voz aqui,
Na porra de um celular na minha mão.

Se conclui o poema não sei,
Mas sua ausência aqui se fez presente,
De coração mato vocês então,
Pois nem distância e
Nem saudades me separa do
Meu amigo irmão.

VinyUchôa / MabsonSilva 
12/01/2014


Um comentário:

  1. Me trouxe no rosto uma risada, gosto desses textos antigos ... Me dá a sensação de conhecer a vocês a tempos isso e tao bom RS.

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