Estou em divida com meus poucos/muitos leitores, uma segunda e uma quinta sem postar, desculpas não irão me redimir.
Mais é isso ai.
No texto de hj, mudando mais uma vez nosso estilo de escrita, fala-se um pouco sobre nossa tecnologia.
Teremos a participação especial no de hoje, Lídia Sousa, obrigado por sua ajuda nessa minha hora de desespero sem idéias.
Espero que gostem.
Clicar, é tudo que basta pra
você se comunicar nos dias de hoje.
Abreviar, geralmente incorretamente,
mas também é tudo que basta pra você ser compreendido. Nos novos tempos
modernos antigos que mais evoluem para a comunicação em tempo real, um click,
para uma foto, uma vasta velocidade que assusta, uma superexposição ou uma superexibição?
O prazer que antes era sentido ao esperar ou escrever uma carta ou tirar uma
foto e só ver o resultado muitos dias depois, esse prazer só está na
lembrança... Uma imagem única de momentos únicos, e se por acaso a fotografia
não tivesse um bom resultado? o que fazer? Hoje você decide o que fazer no
momento exato do click de uma câmera, e antes? Só restava apenas aceitar um
rosto mal centralizado, os olhos fechados, a boca entreaberta, um vento
surpresa despenteando cabelos, em fim, apenas era possível torcer pra que saísse
como desejado.
Clicar é tudo que basta,
grandes negócios, pequenos prazeres, um click, resultados imediatos, vícios da
modernidade de pessoas que futuramente não saberão como cumprimentar outras
pessoas, mas ainda falta-nos praias virtuais, carros fixos ou acoplados á um
sofá, um mundo totalmente em 6D...
Um click, um susto imediato ou
um prazer retardado?
Alguns
toques é preciso para conversar, não vejo mais diálogos, várias pessoas
sentadas em uma mesa, poucas palavras faladas, muitas digitadas. Então? Pra que
se reunir? Se realmente não estamos reunidos?
Mil
emoções, reações e ações não passam de sobrancelhas levantadas e lá se vão
apenas mais alguns clicks. Será que um sorriso é riso? Somos o que somos sem a
cortina que mais nos divide e une, o que vale a pena? Nem percebemos mas a
falta que a falta faz.
Esses
clicks que tanto nos ajuda, também nos atrapalha, estamos voltando ao tempo das
cavernas, onde não se conversava, apenas gesticulava... hoje apenas clicamos.
Clicks,
toques, touch, apertar, mover o mouse, ascender, apagar, tudo ao nosso alcance,
e tudo também distante.
Enfim...
tudo perto e tudo longe.
José Mabson, VinyUchôa e Lidia Sousa
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