quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Adeus

Ela me disse: Adeus!
Logo em seguida me ligou chorando,
Disse não ter certeza,
Mas não falou o que estava pensando.

Ela me disse: Adeus!
Jogou fora todos os nossos planos,
Disse: Pra você não fui mais que um engano.

Ela me disse: Adeus!
Sem terminar veio me abraçando,
Disse sentir saudades do futuro que nós planejamos.

Mas ela me disse: Adeus!
Como quem diz: estou te esperando.

Já rabisquei teu nome lá nas nuvens,
Deixei pegadas nas águas do mar,
E agora escuto adeus me dizendo pra não mais voltar.

Ela me disse: Adeus!
E viu desprezo no meu olhar,
Logo se arrependeu,
E pediu pra recomeçar.

Eu escutei: Adeus!
E com o adeus vou revidar,
E o amor que sinto com o tempo vai passar.
E a dor me dirá: Adeus!


José Mabson 13-08-2011

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Amar - Sofrer

Cores e vozes
Num silêncio preto e branco,
Sofrimento e amor

Palavras de mesmo sentido
Com escrita diferente...

Uma atrai outra dói,
Uma passa a outra eterniza,
Uma agrada a outra agride,
Uma diz tudo a outra também.

Quanto mais se foge
Mais perto chega,
Quanto mais se luta pra derrotar
Mais consegue ser vencido,
Quanto mais se diz não o corpo,
A cabeça, o coração diz sim.

Amar - Sofrer
Nunca mais sairá da minha boca um te amo,
Mas posso dizer com a mesma intenção
Eu te amo com quatro palavras:
Eu sofro por você!

José Mabson 14-04-2011

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Ao Amigo

De que vale um simples Rabisco?
Uma formação com formas sobrepostas.
Uma visão geral do oculto,
Uma simples intensão sem visão.

Aos olhos de quem vê com carinho
Aos dedos sem nenhum caminho,
Na visão de um amigo
Mais um desenho bonito.

A quem mais ver valor,
Um rabisco terá valor,
Simplesmente obrigado,
Eu só via um papel riscado.

José Mabson - 19-03-2011


segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Paulo

Varando noites sem sono
Na calçada contando histórias tristes,
Ricas em gargalhadas
Momentos sérios viram piadas.

Cigarros, tragos de cachaça,
Sua alegria por sua longa vida acabada,
Senti o cheiro da erva queimando
Na calçada expondo sua vida privada.

Ouvindo o silêncio da madrugada
Atento a qualquer pisada,
Atento a chegada dos "homi"
Com medo de ser mais um detento
Ou passar por mais um baculeijo.

Paulo já teve tudo a perder
Hoje não perde,
Só ganha se morrer,
Ignorado pela própria vida
Se despreza e se entrega às químicas.

Filho, irmãos, não sabe onde estão,
Sua dignidade jamais voltará,
Arrependimento por nunca ter sido perdoado,
Sente-se um nada,
Mas é igual a todos.

Humilde, só quer respeito,
Nada pede a ninguém,
Mas se alguém precisar
Ele não dá por que não tem.

Seu corpo frágil, deplorável,
Couro, osso, cabelos e dentes,
Em seus braços veias expostas,
E mesmo assim vive.

Existem toneladas de vontade de viver,
Mesmo usando coisas que matam,
Morrerá sentindo prazer,
Hoje nada mais pode lhe doer.

Paulo, talvez não tenha mais sobrenome,
E ninguém se importa com isso,
Paulo é apenas Paulo, vive,
Chora, ri, sente fome...

Não parece, mas é humano.


 José Mabson 09-03-2008

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Sobreproinvisando

Sem nada pra escrever,
Sem frases refeitas a fazer,
Rascunhando rascunhos,
Tentando escrever algo novo.

No meio de tantas coisas já feitas
Procuro algo que não fiz
Que não fizeram
Alguma frase nova

Nada acontece de novo,
Nada me inspira,
Nada, nada...

Voltar às magoas passadas não ajuda,
Procurar novas aventuras não resolve,
Viver sem motivos me motiva.

Correr o risco do fio da navalha
De um novo amor seria justo
Comparado ao momento que estou,
Ficar parado de olho no tempo
Que passou talvez me motive
A não querer mais ser quem sou.

O medo de arriscar,
O medo de parar,
O prazer da decepção,
O sabor de uma paixão,
Deixa-me sem os pés no chão.

Escrever às vezes me ajuda
A enxergar no escuro do mundo,
Mas, escrever às vezes sempre me machuca.
Por saber que sei do que não deveria saber,
Hoje não sei mais do que sei...


José Mabson - VinyUchôa
16/01/2013 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Sobreposeando I

Palavras que sugerem rimas
Em poemas e poesias,
São palavras rotineiras
Em fases de melancolias.

Caminhos, estradas ninguém nunca sabe o que seguir,
Mas em poemas essas palavras
Parecem sempre algo fácil de conseguir.

Um amigo meu me liga falando:
“Tem papel e caneta ai?”
E eu respondo brincando e perguntando:
“Tu quer mesmo que eu vá morar ai?
Em 2 anos tu nem papel e caneta conseguiu!”

Ele me muda de assunto e
Me pedi pra sua ideia concluir,
Fico meio cabreiro
E de longe sinto ele aqui.

Falo pra ele então:
Que papel e caneta já tenho em mãos,
E ele me vem com essa melação:

''Na estrada da vida
Temos muitas curvas,
Ladeiras e ribanceiras,

Há cada passagem,
Cada paisagem nos proporciona algo novo,
E nos mostra o quanto a vida é bela,

Vejo um caminho sem volta,
Filme sem replay,
Cada segundo perdido
Horas que não voltam mais.''

Poema curto, perfeito
E já definido de essência.
E ele tem a indecência
De me pedir pra concluir.

Ele deu sorte de que
Hoje meu humor estava pra baixo,
E admiti pra ele isso
Com minha cara de pau,
Mas o que é um peido pra quem está cagado?

Vou completar seu poema então,
Não sei se uso rima ou refrão,
Deixo a critério sua interpretação.
''Na vida com estradas,
Ladeiras, curvas ou precipícios
Há paisagens ricas
E vidas com breves paisagens

Há motivos e razões pra tudo acabar,
Uma vida curta, uma reviravolta,
Um recomeço, uma rotina nova.

Seguindo estradas ou caminhos
Meu verdadeiro destino
É sempre seguir sozinho.”

Nessa nova geração,
Tecnologia nenhuma supera um aperto de mão,
Meu amigo-irmão longe e sua voz aqui,
Na porra de um celular na minha mão.

Se conclui o poema não sei,
Mas sua ausência aqui se fez presente,
De coração mato vocês então,
Pois nem distância e
Nem saudades me separa do
Meu amigo irmão.

VinyUchôa / MabsonSilva 
12/01/2014


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Caminhada

É complicado falar de algo que escrevi....
Pouco antes de me mudar pra casa onde moro agora, 
depois da minha aula estava no quarto sem nada pra fazer...
Peguei o cell e enviei uma mensagem pro meu amigo-irmão(Mabinho), mais ou menos assim:
"Ta com papel e canta ai? então escreve....."
Saiu tudo de uma vez só.
Pedi pra ele dar o toque final... algo que faltava, mas, ele não quis mexer.
E saiu isso ai.

Espero que tenham gostado.

Gostaria de informar que nossas postagens serão às Segundas e Quintas.
Boa noite a  todos.



Quanto mais eu tento andar
nos caminhos que aprendi que são certos,
mais a vida me mostra
que o errado é mais fácil.

E quanto mais eu luto
pra não entrar nestes caminhos
eu vejo que existem muitos desvios,
desvios estes quais não quero seguir.

Os destinos que eles me levam
são totalmente fora dos que tracei pra mim.

Por mais que meus caminhos sejam
íngremes e com obstáculos,
vejo um grande jardim verde
e apaziguador no final dele.

Por mais que pesadas sejam minhas lutas
o grande triunfo me espera no final.
Desejo a caminhada fácil...
Mas que é fácil não tem valor,
não se tem triunfo na facilidade.

Com minhas cicatrizes contarei minhas histórias,
histórias de muitas lutas e suor,
mas que no fim poderei deitar no meu leito
e beber o doce vinho da vitória

VinyUchoa - 02-10-2013

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Solidão

Há Alguns meses atrás, em um momento meio solitário comecei escrever esse texto, mas, como sempre, nunca consigo terminar (kkkkk).
Enviei ele para o meu amigo-irmão, para que ele desse o toque final
E ele também não se contentou em termina-lo sozinho, e solicitou a ajuda de uma amiga (Maria Mercedes).



Da mesma forma que o silêncio
me atormenta ele me traz paz,
escuto você me chamar
sem nenhuma palavra pronunciar.

Do mesmo jeito que a solidão me incomoda
ela também me traz calmaria,
 sinto sua presença constante
mesmo você estando distante.

Quanto mais sinto que não terei mais você
sinto também morrendo algo que nem vi nascer.
são dores que castigam,
castigos que torturam.

Lamentos que só aumentam,
lembranças que só atormentam,
falar, sentir, pensar em você me dói,
 me dói em ver você perder.

Sinto falta sim, de mim, de nós,
mas de você apenas os simples momentos
que aos poucos estão sumindo,
pois, sempre foram sem sentimentos.


 VinyUchôa / José Mabson / Maria Mercedes
06/01/2014

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Palavras



Estou longe de ser visto como alguém que escreve bem, mas estou muito perto de ser uma pessoa que escreve muito.
Creio que escrevo pela falta de ter alguém com quem eu possa conversar com a mesma satisfação e liberdade que tenho com minhas folhas destacadas de cadernos usados, me sinto bem e mal ao mesmo tempo, solidão de presença física, mas tenho a companhia de uma cabeça complexa e cheia de distúrbio que possuo minha constante necessidade de esvaziar a cabeça por medo de juntar meus pensamentos e torna-los algo perigoso a mim mesmo.
Ainda não sei que poema postar, mas já estou com um prestes a sair e que irá resumir esse meu blá, blá, blá, aqui.


Primeira postagem do ano, quarta do blog, agradeço as visitas em nosso blog, e continuaremos com nossa meta de postar duas vezes por semana.




As fugas que buscamos de nós mesmo
a cada dia que passa são fundamentais 
para que a busca do que chamamos de felicidade
Esteja sempre em constante desejo de ser alcançada.


Fugindo e buscando, buscando as fugas. 
Palavras diferentes que caminham juntas sempre, 
Lado a lado na mesma direção e divergência. 


Muitos entram em pânico 
por achar que nada dará certo, 
precipitação de não aceitação.

A rotina em que passamos 
resolvendo problemas ou se enrolando neles, 
tanto faz, mas essa é a felicidade 
que as pessoas já conquistaram e não percebem, 
sem problemas não há prazer na conquista, 
conquista sem prazer não satisfaz.


José Mabson