Palavras que sugerem rimas
Em poemas e poesias,
São palavras rotineiras
Em fases de melancolias.
Caminhos, estradas ninguém nunca sabe o que seguir,
Mas em poemas essas palavras
Parecem sempre algo fácil de conseguir.
Um amigo meu me liga falando:
“Tem papel e caneta
ai?”
E eu respondo brincando e perguntando:
“Tu quer mesmo que
eu vá morar ai?
Em 2 anos tu nem
papel e caneta conseguiu!”
Ele me muda de assunto e
Me pedi pra sua ideia concluir,
Fico meio cabreiro
E de longe sinto ele aqui.
Falo pra ele então:
Que papel e caneta já tenho em mãos,
E ele me vem com essa melação:
''Na estrada da
vida
Temos muitas
curvas,
Ladeiras e
ribanceiras,
Há cada
passagem,
Cada paisagem
nos proporciona algo novo,
E nos mostra o
quanto a vida é bela,
Vejo um caminho
sem volta,
Filme sem
replay,
Cada segundo
perdido
Horas que não
voltam mais.''
Poema curto, perfeito
E já definido de essência.
E ele tem a indecência
De me pedir pra concluir.
Ele deu sorte de que
Hoje meu humor estava pra baixo,
E admiti pra ele isso
Com minha cara de pau,
Mas o que é um peido pra quem está cagado?
Vou completar seu poema então,
Não sei se uso rima ou refrão,
Deixo a critério sua interpretação.
''Na vida com
estradas,
Ladeiras, curvas
ou precipícios
Há paisagens
ricas
E vidas com
breves paisagens
Há motivos e
razões pra tudo acabar,
Uma vida curta,
uma reviravolta,
Um recomeço, uma
rotina nova.
Seguindo
estradas ou caminhos
Meu verdadeiro destino
É sempre seguir
sozinho.”
Nessa nova geração,
Tecnologia nenhuma supera um aperto de mão,
Meu amigo-irmão longe e sua voz aqui,
Na porra de um celular na minha mão.
Se conclui o poema não sei,
Mas sua ausência aqui se fez presente,
De coração mato vocês então,
Pois nem distância e
Nem saudades me separa do
Meu amigo irmão.
VinyUchôa / MabsonSilva
12/01/2014