sexta-feira, 24 de julho de 2015

Poema Dantesco...

Poema de A a Z, escrito em forma de tercetos...


A vida não é matemática 
Com a sua perfeição    
E suas contas tão exatas

Faz parte a decepção    
que encontramos no caminho.
Segui por estradas tortas   

tentei não ser tão sozinho 
bati em fechadas portas   
busquei viver uma paixão

de ter alguém ao meu lado 
batidas a toa, em vão
da mão de um desesperado...   

A vida não é uma poesia 
Com suas rimas perfeitas  
Escritas com tal maestria 

Por mãos nem sempre direitas 
Que prometem amor tão sincero 
Porém se mostra incapaz

Demonstra ser tão severo 
Ao dizer que “todas maçãs são iguais” 
jamais se prende a um só alguém...

A vida me parece uma roda gigante 
Escute o que digo meu bem 
Quem mantém o coração tão distante 

Desprezando um verdadeiro amor 
De certo sentirás um dia 
Semelhante a dor que causou 

Aquele  estado de euforia 
Do fogo ardendo em seu peito 
Sem ter daquele o carinho

Amor que já nasce desfeito 
sentirás o mesmo espinho 
Cravado no coração daquele 

Que quis estar ao teu lado 
Buscou sentir o tocar da tua pele 
Mas teve o amor por ti negado... 

Amores platônicos, verdadeiros, fingidos... 
Amizades coloridas, esperando por um beijo 
Sorrisos amáveis, amor sem sentido 

Buscando saciar o desejo 
decifrar o teu corpo, desvendar tua alma 
Do amor rejeitado se desiste...

As mãos de outra te acalma
Razão no amor não existe... 
Amar e ser amado é um privilégio 

Infelizmente sentido por poucos 
Amar quem não te ama é um sacrilégio 
É assinar atestado de louco... 

quarta-feira, 22 de julho de 2015

(***) Uma eterna criança

Sabe quando as lembranças de sua vida toda passa diante dos seus olhos num piscar de olhos?
É isso que está comigo se passando agora, mas não são lembranças de minha vida apenas, são lembranças de uma vida de outro alguém junto a minha, cada momento vivido e buscado até onde é possível buscar sem nada forçar, lembranças que vai até a infância e de lá já trazem carinhos, amor, dedicação, respeito e amizade.

Sabe quando a realidade ainda não quer ser aceita por seus olhos não estão presenciado o fato em tempo real? É bem assim que estou agora, é bem assim que acharia melhor que fosse, mas o fato é que o fato realmente é fato. A dúvida não me larga, não largo a ideia de que tudo é como está sendo, incrível seria se polegar vermelho (o Chapolin mesmo) resolvesse tudo isso nos fazendo dar gargalhadas como faz a vários anos, como sempre fez as gargalhadas sinceras e inocentes do meu Tio saírem espontaneamente.

Uma eterna criança, um homem forte, de atitude, sem maldade, admirável, simples e humano, ele sempre fã de um super herói Chapolin, eu sempre fã desse tio herói que por toda sua vida soube se fazer feliz com o pouco que tinha mas que era tudo amor e sempre será.

Sorrisos fáceis de se conseguir dele até mesmo com coisas inúmeras vezes repetidas, atitudes doces de que só alguém que tem a inocência de uma criança dentro de si é capaz.

Entender o que agora se passa será impossível mesmo que eu viva 200 anos anos, aceitar jamais nem que eu viva uma eternidade, inconformado serei por toda minha vida, sem motivos óbvios, sem chance de reação pra defesa ou pelo menos lutar contra o que o tirou sua vida, seu sorriso. Mesmo assim tendo isso acontecido, nem na hora dessa sua breve partida o sofrimento lhe incomodou.

Difícil escrever em meio a lágrimas que no momento não me saem por não acreditar no que apenas ouvi, mas um nó preso em minha garganta e uma enorme revira volta no estômago me incomoda.

Uma eterna criança de sorriso fácil assim foi José Edilson da Silva, meu eterno Chapolin, meu eterno tio criança e homem como não se encontra em lugar algum.

Sabe quando você não quer acreditar no fato acontecido por não aceitar ser possível que a morte venha sem motivo e tira quem nunca fez algo que desagrade os olhos de Deus? Bom é isso que jamais irei entender, aceitar ou me conformar. Meu eterno tio menino nos deixou nessa madrugada de 22 de julho, nos deixou sem nos dar esperança alguma de tentar evitar sua partida, nos deixou sem que eu ou qualquer um o pudesse pelo menos saber qual a dor que sentiu, mas tenho certeza que essa dor não chega perto da dor que me fez sentir, essa dor que jamais deixarei de sentir.

Todos temos nosso tempo, todos nós temos uma caminhada a fazer na vida, ele fez a dele, mas infelizmente nos deu a surpresa árdua de ver essa jornada chegar ao fim. Hoje está partindo sem a culpa de nada, sem pendências em sua vida, está partindo só, mas partindo também o coração de muitos que o amam.

Meu eterno tio menino hoje parou no tempo com seu sincero sorriso eterno, sorriso que faz brilhar seu olhar inocente, sorriso de um homem eterno menino que o tempo jamais o fará envelhecer.

José Mabson
22/07/2015

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Negando Amor

Poesia em parceria... como sou atrevido, ao receber uma bela poesia , eu a repaginei... e deu nisso... poesia de alma feminina... há tempos queria fazer algo na primeira pessoa de modo feminino... porém é bastante complicado... poesia da Dávyla... com um toque meu... 

Negando amor

Nem todo amor é sinônimo de felicidade
Nem toda dor te faz aceitar a realidade
Ontem alguém chorou por mim
Hoje eu sofro por ti...
O amanhã fará eu te esquecer?
Quando esse sofrer vai ter fim?
Quando nós seremos afins?
Quando é que eu vou te ter?
Enquanto tento te surpreender
É nela que pensas todo dia
Enquanto quero te fazer esquecer
Tu nem pensas em dividir comigo tua alegria.
O que fazer para te conquistar?
Gritar seu nome pelas ruas?
Dizer ao mundo que eu sou sua?
Que bom seria se bastasse só eu te amar...
Queria ter coragem de te dizer tudo que sinto...
Porém pressinto que não serei correspondida...
Perco-me nesse labirinto
Que é entrar em tua vida...
Sei que já sofresse por outro alguém,
Por isso carregas o antídoto contra a paixão...
Não mais se entregas meu bem
E nem se quer tem a noção
De quanto me magoas me negar teu coração
Fugindo desse ensejo.
E me negando teu beijo...
Combates meu desejo com a tua razão...
Até o Palhaço que de longe me assiste
Percebe o quanto minha vida é triste
Esperando alguém que nunca vem...
Enxergando amor onde não existe
Semeando amor que resiste
Ao teu desdém...
Chega até a ser pecado... você estar tão sozinho
e negar o teu carinho para quem só tem te amado...
E assim eu vou vivendo
Te querendo
Esperando ouvir de ti “um eu te amo”
Ou quem sabe um
"consegui me libertar do que estava me prendendo".

terça-feira, 7 de julho de 2015

(***) CARONA

E agora? Como descer
Dessa carona que peguei
No veículo da vida?
E agora como não ser o ridículo neste beco sem saída?

Como ser capaz de ser capaz?
Desembarques a deriva
Sepulturas de feridas vivas
Desperdícios sem medidas,
E agora? Como saber a hora?

Colheita de uma vida improdutiva
Doces beijos de uma vida ardida
Onde descer dessa carona da vida?
E agora? Na esquina ou ba avenida?

Destroços dos traços que traço
Traços breves, traços rascunhados
E agora? Onde fica a saída?
Como entrar num beco sem saída?

Destroços de escombros erguidos
Paz desmorona, inferno se forma
Numa cabeça de ideias
Que não acham a descida,
E agora? E depois?

Corações abertos a feridas
Corpos a espera da tortura
Sonhos a beira do abismo
Abismo a um salto do pulo,
E agora? Pulo ou durmo?

Cortinas que se fecham no palco
Teatro da vida, ato em cena
O show de atuar, de aturar
A cena que precede, e agora?

Meus dedos que canetas buscam
Papéis em branco me seguem
Ideias que não faltam pra tudo
Sobram planos, falta tempo,
Resta só eu a mim.

E agora? Onde descer da carona?
Não sei qual parada espero
Nem sei qual parada me espera
Espero descer, mas onde?
Pra quê?

Delírios que me fazem sonhar
Sonhos que me fazem delirar
Deslizes, consequências, dores
Esse é o caminho
De quem não sabe amar.

Valores que se fazem preços
Moedas que nunca irão pagar
Dívidas a nunca quitar
Esse é o preço que se paga
O preço pago por amar,
E agora? Amar ou amar?

Vagas noites sem dormir a pensar
Tempo que passa sem pressa
Pressa que nos faz parar
Mas onde descer?
Onde paradas não há?

Nos destroços dos traços que traço
Nos caminhos que sigo meus próprios passos, que se perdem
A cada pegada, deixo marcas
Nas pegadas que não se acham.

Os desejos que desejo ter
Os receios que sinto ao viver
Uma fome que não passa
Sede de comer, viver
Mas e aí? Onde devo descer.

José Mabson
05/07/2015

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Na cama...

Qual o melhor canto da casa? ... com certeza é a cama... acho que meu pecado é a preguiça... Dormir, namorar, contar piadas, ver filme... chorar às vezes... a cama é nosso conforto... na cama se guarda segredos, se guarda paixões, se guardam histórias... E ela te acolhe como uma pluma... como se fôssemos uma pérola e ela a concha... isso se estamos com a consciência tranquila... devia ter um dia Internacional da cama com certeza...

Na cama...

Tudo que é bom termina na cama, Filme de romance ou de terror, edredom com meu amor... Mimos daquela que a gente ama... Sono até chegar ao meio dia... Preguiça boa e a sua companhia Eu olhava nos teus olhos e dizia Mesmo que eu esteja errado, Quero viver ao teu lado Até o fim dos meus dias E vc descabelada, ao ouvir meu exagero Se sentia tão amada Porém apenas sorria... Tudo que é bom termina na cama... Pois lá teu travesseiro são os meus braços.. Aconchego não há melhor do que teu peito... Teu corpo foi moldado de tal jeito que se encaixa ao meu sem embaraços... Seja filme, lua de mel, sono, coberta, pipoca, Carinho, dengo, para reatar o amor E reacender a chama pra chorar, sorrir, dar conselhos, Se vestir, se olhar dos pés a cabeça diante do espelho, Para se curar de uma febre, que seja breve... Tudo que é bom será sempre em cima da cama...