domingo, 6 de dezembro de 2015

CORPOS E CORPOS

Postagem de numero 200, as vésperas de 2 anos de sobrevivência do nosso blog, do humilde Sobreposeando que foi iniciado sem pretensões alguma a não ser de cometer desabafos, por aqui já se falou sobre vários temas, maioria relacionados a amores e por consequência de dores. Em 2 anos quase 17 mil visitas, muito ou pouco? Difícil calcular, divulgação mínima apenas pra amigos, (não tenho tantos) abrangência satisfatória, nada fora do normal.
Por aqui já fomos em 4 pessoas publicando, tivemos muitos outros amigos escrevendo em nossa parceria, por falta de coragem em reler todo o blog não irei citar nomes de todos que aqui já escreveram, mas isso não me impede de agradecer a todos por essa honra. Vinicius, Mercedes, Álvaro e eu, fomos uma bela turma a postar aqui por alguns meses, hoje dois desses não nos dão esse prazer de suas autorias publicadas, esporadicamente o Vinicius da as caras, Alvaro com bem mais frequência está ativo surpreendendo e tirando nosso folego a cada texto, eu...
Bom eu tô sempre aqui, já até tentei parar, dar tempo, sumir, mas sou inconstante, escrevo todos os dias, não aqui, mas escrevo, tenho quase metade dessas 200 postagens, olho grande, visando maioria, quantidade, enfim, agradecendo a todos vocês que nos acompanham, um prazer expor nossas "vidas" a vocês.
Obrigado!

*lembrando que em breve, muito em breve o Livro "Correndo riscos em rascunhos" estará pronto para i Inicio de edição, revisão e posteriormente sua confecção."
Ainda em busca de recursos financeiros para essa conquista, as doações para esta finalidade ainda estão sendo lentas, e estou aceitando-as até dia 21 de Dezembro.

O poema a seguir não condiz com as 200 postagens e nem com nada dito acima, então, abram suas mentes e seus corpos ao ler...



Corpos
 

Carnes que se querem em carnes
Canibalmente sem cortes
Desejos que se fazem reais
Que se cruzam sem sorte.
 
Carnes que se abrem em carnes
Carnivoramente sem sangue
Sangue camuflado em suor
Que se grudam forte.
 
Corpos que se querem corpos
Se fazem espelhos, refletem
Revelam o desejo almejado
Sentido, degustado incendiado.
 
Desejos que se querem corpos
Corpos que se grudam sem medos
Desejos sem anseios permitidos
Receios de um fim previsto.
 
Corpos que são mais que corpos
Corpos que se fazem copos
Sem medidas cúbicas, exagero
Sabor de desejo impróprio.
 
Corpos que se fazem sangue
Que se fazem reféns
Que se fazem loucos
Que se querem bem.
 
Corpos fracos que se acham fortes
Que aguentam cortes
Que suam em litros
Que não cabem em copos.
 
Corpos que se fazem alheios
Na mão de um outro, de outra
Que se fazem só seus
Que se doam, que se vão.
 
Corpos que jamais se descartam
Que descartam as cartas iguais
Que se cortam sem sangrar
Que sangram sem dor, por amor.
 
Cheiros que se fazem únicos
Que se grudam na mente
Que não mente o que sente
Que sente o desejo, alheio.
 
Corpos que se querem corpos
Que se fazem mortos, vivos
Que se perdem em meio ao meio
Que se tem por inteiro, e cheio.
 
Rostos que se muda expressão
Que se entrega ao tesão
Que se faz extinção,
Que se vive o momento, inteiro.
 
Corpos que se violam em corpos
Que desejam seu auge
Que almeja desejo,
Que se deixa partido inteiro.
 
Corpos que se orientam
Na horizontal, movimento igual
Sintonia, anatomia a tona
E que torna verdade, na cama.
 
Corpos que se querem corpos
Que se fazem de mortos
Finge que nada sente, mas mente
Morto não ama, não geme
Não pensa, não goza, nem sente.
 
Corpos que se fazem loucos
Que se fazem insanos
Que se fazem prazer
Que se tornam amor.

José Mabson
03/12/2015

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