(***) MEDO DE AMAR (sem medo)

MEDO DE AMAR (sem medo)

Não me segue,
me acompanha sem saber, 

me acompanha sem medo,
se perde ou se acha do meu lado,
apenas vem,
não olha nem de lado. Apenas vem!

Minhas mãos suando
segurando as tuas frias e inseguras
mãos que nada ainda sabem tocar,
e nem sabe se irão,
minhas mãos nas tuas semi/insi/nuas mãos.

Olhar medroso que mostra prazer
ao sentir o medo do que virá nascer,
do que te fará feliz ao sentir,
do que te fará um dia parar até de sorrir.

Aceita o medo como algo prazeroso,
aceita o medo como algo eterno,
aceita o medo ou o medo nunca te aceitará,
nunca te dará certezas, aceita o medo do meu beijo.

Esquece esse tal medo e se joga,
se quebra em corpo e alma,
mas viva, aprecia o tal amor
desde o encanto até o minuto
que ele passa a ser apenas algo que machucou.

Trás aqui teu pequeno e frágil corpo
de encontro ao meu,
trás teus medos e junta-os com os meus,
vamos sem medo do medo,
seguindo improvisos nos caminhos
que mudaram a cada passo dado.

Mesmo assim vamos juntos,
assim mesmo iremos em busca de algo que não sabemos,
não temos, apenas queremos,
mas vamos sem medo do medo que é o tal amor.

José Mabson

09/01/2015