segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Naquele tempo...

... Mabsoooooooooon !!!
... Mabinhooooooooo !!!
Gritos que vinham da rua, chamado dos amigos em frente a minha casa, descalços, sem camisas, com uma bola na mão.
Você não vai!!! Era a ordem que recebia dê minha avó ao saber e ouvir que eu iria sair pra jogar futebol no campinho do sítio que fica as margens do Rio Una em Água Preta-PE, o sítio e o rio ainda existem, o campinho não mais.
Bons tempos, eu saia escondido pela porta dos fundos que era na lateral da casa e saia correndo até chegar no sítio, no caminho já ia pensando nas chineladas que me esperavam no meu retorno, mas a vontade de jogar futebol compensava, os gols marcados, as brigas, as discussões e o banho de rio valiam muito mais que o medo.

(***)

Nos dias de hoje, 17 anos depois, os pais não são tão "loucos" em falar um "Não" pra seus filhos, professores dão aulas com medo dos alunos, a polícia não tem autoridade por que tais jovens se aproveitam das leis falhas do pais, crianças com acesso a tudo, é legal ter conhecimentos, mas os limites e princípios tem que ser impostos, não podemos culpar a mídia, governo ou qualquer outra influencia, pois caráter e índole nasce com cada um, e a família é que tem que estimular e desenvolver isso. Negar pedidos irrelevantes a uma criança nos dias de hoje pode ser visto até como maus-tratos ou mal trato. Crianças hoje semiadultas, adultas/crianças/semi-nuas em redes sociais, culpa do vendedor aparelhos modernos? Culpa da mídia? Culpa de quem?
Como defender essas crianças delas mesmas? Isso será sempre uma pergunta sem resposta!!!

Naquele tempo...

Onde encontrar "piões"?
Como confeccionar uma "pipa"?
Onde encontrar uma criança
Que viva realmente a vida?

Onde estão os meninos teimosos
Que choravam com alegria?
Onde estão os velhos hábitos
Que na vida antiga acontecia?

E os meninos chatos da escola?
Os que tinham medo da "tia"
Eram durões, mas obedeciam
Mesmo fazendo igual no outro dia.

Onde estão as famílias
Que com um "cinto" resolvia,
Hoje os direitos humanos
Estragam, viram crianças vazias.

Quero explodir de desgosto
Quero entender onde estou
Por que com tantas ideias
Tudo só piorou?

Vou dormir de "couro" quente
Pois não obedeci meu avô
Mas quero dormir criança
Mesmo sentindo dor.

O mundo que anda imundo
Tudo moderno ficou
Mas onde estão aquelas crianças
Que na vida soube ter amor?

José Mabson
25/09/2015

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Não vou falar de amor

Acho que cada um deve saber onde o calo aperta... porém se você acha que é nobre ficar chorando por alguém, eu te vendo triste desperdiçando bons sentimentos... lhe digo não vale a pena... no entanto na teoria somos fortes, na prática apenas contamos com a sorte, amar a esmo, sem direção, não é garantia de felicidade, a decepção está na esquina... o amor parece distante.


Não vou falar de amor

Hoje não quero falar de amor
Nem vou devanear sobre paixão,
Não hei de citar sobre dor
E nem vou calcular a ilusão...

Não quero dizer quem eu amo
Nem vou falar de saudade
Não vou expor meus enganos
Falar sobre ansiedade

Não quero pintar a tristeza
Nem chatear vocês com angústia,
Pra quê colorir incertezas
Gritar que a vida é injusta?

Uma coisa eu quero dizer
Falar com racionalidade
A vida foi feita pra se viver
E não se prender a vaidades

 Aprenda a controlar a si mesmo
Ser dono da sua verdade,
Pare de viver a esmo,
Buscar noutro alguém felicidade


Não se conquista ninguém com lágrimas
Não faça promessas em vão
Não colha sentimentos de lástima
Não faça do seu amor uma prisão.

Felicidade é ser livre
Liberdade é ser autoconfiante
Tudo tem o seu tempo
Primeiro se aprende a se amar
Depois a pessoa amada surge
Não ofereça a pessoa errada
Os teus mais puros sentimentos.